sábado, 14 de março de 2015

Foolproof



“Foolproof”, traduzido literalmente para português – à prova de tolo -  mas significando, essencialmente, que é simples ou de tal modo simplificado que pode ser utilizado facilmente por pessoa iletrada e/ou de baixo QI.

Há uns dias, um blog aqui do burgo apresentava um texto encabeçado por esta foto “à Titanic”. 
O acaso levou-me lá, no dia seguinte, e constatei que o material usado não era adequado a este tipo de utilizador, dito de outro modo, não era “foolproof”.


O termo mais parecido, em português,  é “anti-vândalo", que só se adequa a marginais ou a adolescentes impregnados de testosterona a agredir o património público, o que não é o caso a que me refiro.
O tal “foolproof”, é mais para quem não pensa e força o limite da resistência do material e, no fim se espanta por ele não resistir.

São exemplo os caixotes do lixo públicos desconchavados, as árvores com os troncos descarnadas na base, os pinos arrancados e as protecções dos passeios públicos entortadas pelos sucessivos encostos dos automóveis e o aspecto degradado das paragens dos autocarros. Isto só para nomear alguns fora de portas, porque se formos para dentro de escolas, hospitais e outros edifícios públicos, o mau uso de portas, janelas, macas, cadeiras, etc …, que não foram concebidos “foolproof”, dão ideia da delicadeza com que são manuseadas e da cultura da população: 

No caso presente, a estética deveria ter sido sacrificada. Um varandim em blocos de pedra dura, encimado por um corrimão  de duas polegadas de ferro pintado, respondia melhor ás exigências dos seus mais extremos utilizadores.

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