quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Blogger



Ser Blogger e dar a cara é um jogo difícil.
Escrevo para me organizar e deixar a minha perspectiva. Uns tostões honestos e esforçados, que talvez não paguem as inconveniências.
Não é fácil a regularidade, dar qualidade à prosa, manter a coerência e manifestar discordância com quem afirma que “o calado é o melhor”, que "a sua política é o trabalho" e que encapotadamente mantém disponibilidade para qualquer esquema, desde que lhe calhe uma significativa quota parte.
É um pequeno contributo por entender que há  abusos de ricos, de pobres e de remediados, porque não há santidade em ninguém e que, a maior parte das vezes, o homem faz todo o mal que pode, e todo o bem a que é obrigado, mesmo quando fala no poder de relíquias ou nos valores dos profetas primordiais.
E é dessa massa que também me faço.

2 comentários:

Anónimo disse...

A realidade é que os sete pecados mortais- Gula, Avareza, Luxúria, Ira, Inveja, Preguiça, e Vaidade, foram factores positivos de sobrevivência durante a evolução humana, antes de nos fixarmos em cidades. Estes atributos deram, e em muitos casos ainda dão, os melhores resultados a curto prazo. Não é possível apagar cinquenta mil anos de evolução em quinhentos anos, e para muitos (a maioria?) estes atributos são ainda a atitude por defeito.
Por outro lado, as sete virtudes sagradas, Castidade, Generosidade, Temperança, Diligencia, Paciência, Caridade, e Humildade, não são atributos intuitivos, requerem um esforço consciente, e raramente dão resultados positivos a curto prazo, se é que alguma vez dão, para além da satisfação pessoal.

capitão disse...

Há muitos modos de organizar uma sociedade. Podem ainda usar-se soluções do feudalismo do século V, os valores do profeta Maomé (séc VII) e forçar a fidelização da população, ou um qualquer sistema já estafado para tentar garantir uma manutenção artificial de privilégios.
A tónica deste texto não está nos valores que norteiam a vida de cada um, mas nos que deverá ter uma sociedade moderna, necessariamente laica, onde o âmbito das crenças religiosas e os imperativos de consciência de cada um, estão devidamente balizados, de modo a não colidirem a toda a hora.